VÍDEO: militares de Santa Maria retornam de missão para combate à Covid-19

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação (Major Tássio Oliveira/Comunicação Social da 3º Região Militar)
Tenente Thaís (à direita) é santa-mariense e participou da missão

No final da tarde de domingo, desembarcou no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, a enfermeira do Hospital Geral do Exército (HGe) de Santa Maria, tenente Thaís Fioravante Silveira. Depois de 20 dias em missão em Macapá (AP) no Norte do país, ela e outras quatro militares da área da saúde da 3º Região Militar do Exército, cuja jurisdição compreende o Estado do Rio Grande do Sul, foram recebidas com homenagens na capital gaúcha. A comitiva treinou cerca de 100 profissionais do Hospital Universitário de Macapá, inaugurado em 5 de junho, que vão atuar na linha de frente da pandemia do novo coronavírus. A tenente Nastassja Stine Mendes de Souza, médica que também atua no HGe em Santa Maria, fez parte da ação voluntária, mas havia retornado antes. 

De acordo com o Major Tássio Oliveira, da Comunicação Social da 3º Região Militar, a seleção teve como principal critério a voluntariedade. O trabalho é uma iniciativa do Ministério da Defesa para auxiliar no combate à doença por meio da cooperação de militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. O Estado do Amapá enfrenta uma situação crítica. Conforme o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Amapá tem a maior incidência do vírus, com 2.550,9 infectados a cada 100 mil habitantes. A média no país é de incidência de 508 casos por 100 mil habitantes. 

Os militares chegaram no Norte na data de inauguração do hospital e ajudaram inicialmente na assistência aos pacientes com covid-19. Depois, atuaram na educação continuada dos profissionais com palestras de atualização. Um dos focos do treinamento era a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs). 

- O uso correto de EPIs nessas situações é um exemplo de procedimento que demos bastante ênfase, uma vez que já há estudos que comprovam que a maior parte da contaminação dos profissionais é na desparamentação - explica a tenente Thaís. 

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Natural de Santa Maria e formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a tenente Thaís já havia integrado o 6º contingente da Operação Acolhida no Estado de Roraima, para receber venezuelanos refugiados. Ela ficou quatro meses na capital Boa Vista no ano passado, e fala da satisfação em fazer parte das ações humanitárias: 

- Estávamos passando por toda a situação estressante que naturalmente o atendimento ao paciente com covid traz, mas tínhamos uns aos outros e nos apoiávamos muito. Da mesma forma que nossos superiores, mesmo que de longe, também foram incansáveis no suporte da equipe que estava lá. Ademais, o sentimento de poder ajudar a população em um outro estado do outro lado do Brasil nesse momento tão crítico que o país passa, é algo que vai ficar marcado na memória de cada militar que esteve nessa missão. 

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As profissionais ficarão em quarentena e, entre o sétimo e o décimo dia do retorno, serão testadas para a covid-19, para que possam retornar para as suas atividades.